Se as pesquisas mostraram que a população do Rio aprovou em massa a operação da polícia de Cláudio Castro nos Complexos da Penha e do Alemão, hoje o Lula, lá de Belém, não quis saber de pesquisa e meteu um “houve matança”. O tom agora é outro, BRASEW. E coincide com a instalação de uma CPI do crime organizado no Senado, que vai ser presidida pelo PT, e uma visita de Xandão a Davi Alcolumbre, a estrelinha mais brilhante da casa. É treta! Vamos ao resumão do dia.


Desde a operação que deixou 120 mortos, Lula não tinha ainda se manifestado em público (só pelas redes sociais, e bem sabemos que não é o Lula que posta nas redes sociais). Hoje ele falou, em Belém, e basicamente disse:

"A decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança, e houve matança.”

Lula diz que até agora só o que sabemos é a versão contada pela polícia ou pelo governador. E diz que é preciso saber se houve alguma coisa mais delicada e que a Polícia Federal vai investigar. E acrescentou que a população pode até considerar que, do ponto de vista da quantidade de mortes, foi um sucesso, mas, do ponto de vista da atuação do Estado, foi um desastre.

As declarações do presidente não chegam assim, aleatórias e do nada. Foram dadas bem no dia em que o Senado instalou uma CPI do crime organizado. Sim, darling, também fiquei me perguntando de onde surgiu essa CPI assim de repente. É que ela já tinha sido solicitada em junho. Naquela época, nem a operação contra o PCC na Faria Lima tinha acontecido.

Só sei que, do nada, Davi Alcolumbre instalou a CPI e o PT correu e fez o presidente da comissão: senador Contarato. Também hoje, Xandão esteve no Senado para falar sobre segurança pública com Alcolumbre. Alcolumbre prometeu que vai fazer de tudo para que tenham soluções legislativas. E ainda disse que a CPI vai farejar o dinheiro. Ontem, Xandão foi ouvir o governador Cláudio Castro para saber se a megaoperação que matou aquela galera toda seguiu as regras que o Supremo tinha decidido sobre operações nas favelas.

O governo Lula vai continuar dizendo que tem que pegar os cabeças do crime, e a conta do presidente no X já informou que já foram confiscados uns R$ 19 bi dos chefes do crime.

Nunca é demais lembrar que começamos o ano com a direita acusando o Lula de querer taxar o Pix. Aí, depois da operação da Faria Lima, Lula conseguiu inverter o discurso e insinuar que a direita não quis as regras do Pix no início do ano porque favoreciam o crime organizado. Veio então a operação do Rio e a direita partiu para o “bandido bom é bandido morto” e a chamar o PT de Partido dos Traficantes. Será que a CPI vai definir uma nova onda?

Como diz o senador Alessandro Vieira, que foi quem pediu a CPI lá em junho, está na hora da galera sair do palanque e discutir segurança pública e crime organizado de verdade.

Acorda, BRASEW

No meio desse embate entre direita e esquerda, existe uma discussão sobre classificar as facções criminosas como terroristas. Destaco aqui a reportagem de Marcelo Godoy, do Estadão. Ele escreve que, do jeito que está, o projeto no Congresso retira da competência das polícias estaduais o combate ao crime organizado e tira das investigações o grupo de combate ao crime organizado do Ministério Público dos estados (que têm hoje papel fundamental nesse rolê).

O que isso significa? Os casos terão que migrar da justiça estadual para a federal, provocar atrasos em inquéritos e processos e ainda levar à soltura de gente já presa. Ou até mesmo questionamento de prisões já feitas. Viu como é importante não discutir essas coisas no calor da ideologia, BRASEW?

COP do facão

E nas notícias da COP, dois jornalistas estrangeiros foram assaltados no mercado do Ver-o-Peso, em Belém. Um dos bandidos estava com um facão. Socorro, BRASEW. Pegaram um dos bandidos e recuperaram os documentos. Mas, né?

Por falar em COP

Eis a grande declaração de Lula:

“Não quero ser líder ambiental, nunca reivindiquei isso.”

Basicamente, acho que todo mundo já tinha notado, né, BRASEW? Lula falou isso ao defender que tem que fazer a exploração da Foz do Amazonas (Alcolumbre agradece). O presidente também disse que era melhor noticiar a exploração da região antes da COP do que depois. Isso é verdade.

Missão impossível só para Bolsonaro

E não é que hoje o Tribunal Superior Eleitoral aprovou o pedido de criação do partido Missão, que foi formado com a base do MBL????? Gente, só o Bolsonaro não conseguiu fazer um partido?

E a Venezuela?

O New York Times revelou hoje que Donald J. Trump (J de João, juro) avalia uma intervenção militar na Venezuela com ataques diretos a unidades militares que protegem o ditador Maduro. Gente!!! Chocante. O documento que o jornal teve acesso disse que existe a previsão até de tomada de controle de campos de petróleo e gás. Mas o próprio jornal diz que, apesar de haver considerações, nenhuma decisão foi tomada por Trump. Aff.

Então é isso, BRASEW. Tixa segue subindo pelas paredes.


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