Dudu Bolsonaro e o amiguinho foram denunciados por tentar coagir o Xandão. Trump mandou uma Magnitsky para a conje do Xandão, a anistia (que agora é dosimetria) parece que vai ser adiada, e as manifestações de domingo parecem que enterraram a bandidagem, digo, a PEC da Blindagem no Senado. O Brasew está como a Quadrilha do Drummond, BRASEW. Aquela do João que amava Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria, que amava Lili, que não amava ninguém. E, no fim, está todo mundo no mesmo rolo.
Então vamos por partes neste resumo lindo que fazemos de segunda a sexta, especialmente para você.
Dudu
Como Deus e o mundo sabem, Dudu e seu amiguinho, o neto do Figueiredo (que foi o último presidente militar da ditadura), estão lá nos Estados Unidos dizendo que fazem um lobby do bem para salvar Bolsonaro pai da prisão.
Até agora não deu muito certo. Xandão perdeu os cartões de crédito (ele foi enquadrado na tal Lei Magnitsky, que se propõe a matar financeiramente aqueles que são atingidos por ela), mas condenou Bolsonaro mesmo assim. Ele, junto com a Primeira Turma do Supremo, e por maioria, saliente-se.
Até agora, de concreto, o que Dudu Bolsonaro conseguiu foi ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República. A denúncia foi feita hoje pela PGR ao Supremo contra Dudu e Paulo Figueiredo (Jair e Malafaia ficaram de fora, mas a Procuradoria já disse que continua a trabalhar no caso). Os dois são acusados de tentar coagir a Justiça. Como se sabe, agora o Supremo pode aceitar ou não a denúncia, e só depois, então, fazer o julgamento. Mas eles estão nos EUA, então não tenho a mínima ideia de como isso vai se desenrolar.
Eis como Dudu se manifestou:
"Vivemos nos Estados Unidos, sob a jurisdição, portanto, da Constituição americana, que na sua Primeira Emenda garante o direito de 'to petition the Government for a redress of grievances' (peticionar ao Governo para corrigir abusos e injustiças). E é exatamente isso que estamos fazendo — e continuaremos a fazer."
Que bom que o Dudu gosta pelo menos de alguma Constituição, né?
O céu de Magnit (Ah não, Tixa, você não mandou essa!)
Nesta segunda-feira, o governo Trump anunciou uma nova sanção pela Lei Magnitsky, desta vez para a esposa do Xandão (que é sócia de um escritório de advocacia). A ideia é estrangular financeiramente o ministro supremo, tirando o cartão de crédito também da esposa dele. Basicamente, quem é enquadrado nessa lei não pode ter relação com empresas americanas, o que significa não ter nenhum cartão de crédito com bandeiras Visa, Mastercard ou American Express. Além disso, bancos que têm negócios nos EUA, teoricamente, também não podem ter clientes sancionados pela Magnitsky. O governo Trump também enquadrou o Lex Instituto Jurídico, que detém o patrimônio imobiliário da família Xandão.
Xandão já respondeu que isso é ilegal e lamentável, e que vai continuar julgando o que tiver que julgar.
Anistia subiu no telhado
Só sei que a tal anistia (que já virou dosimetria) subiu no telhado. O Paulinho da Força, que é o relator do projeto de lei na Câmara, já saiu dizendo por aí hoje que a temperatura subiu e que a votação deve ser adiada para semana que vem (não tem nem relatório ainda). O que se diz é que, se o Supremo antes apoiava a tal da dosimetria (que reduz a pena dos condenados pelo 8 de janeiro e, na prática, ia tirar quase todos da prisão), agora pode ser que não seja bem assim.
No fim das contas, darling, a nova investida do governo Trump requer mesmo que todo mundo pare para avaliar a nova jogada e analise como responder. (O pessoal que esperava a dosimetria para sair da prisão que lute.)
Além de botar a conje do Xandão na sanção da Magnitsky, de sancionar o Lex Instituto Jurídico (que é dono dos imóveis do Xandão), o governo Trump também cancelou vistos do Advogado-Geral da União, da chefe de gabinete do Xandão e de mais uns três juízes e ainda de um ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Enterraram a blindagem
Se a anistia subiu no telhado, a PEC da Blindagem virou a vergonha geral da República e já está com enterro marcado. Depois das manifestações de ontem contra a tal PEC, deputados vieram a público pedir desculpas por terem votado a favor do projeto.
Estima-se que o público que foi para as ruas foi do mesmo tamanho dos que foram aos atos pró-Bolsonaro no 7 de setembro. O que foi um bom indício de que, se riscar um fósforo, o povo pode dobrar nas ruas em algum momento.
Mas parece que a PEC da Blindagem vai mesmo morrer no Senado. Mais de 50 senadores (dos 81) já se declararam contra o projeto. Só para lembrar quem está perdido: essa PEC (que foi articulada pelo Centrão) prevê que, se um deputado comete um crime, os outros deputados é que vão dizer se ele poderá ou não ser investigado. Vai vendo, BRASEW.
“É literalmente uma PEC que protege bandido, e ela não vai ter abrigo aqui no Senado”, disse o senador Alessandro Vieira, que é o relator do projeto que começou agora a circular na Comissão de Constituição e Justiça. O que já se antevê é que nem passará na CCJ.
E, no fim, a gente está sem luz (se não foi um furacão que passou por São Paulo, foi algo do gênero), sem bateria e buscando um wi-fi para conectar esse BRASEW!
Volto amanhã.
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