Essa delação do Mauro Cid, o ex-faz-tudo de Bolsonaro, definitivamente virou série policial, BRASEW. A mais nova novidade novíssima é que um dos advogados, de um dos réus do processo do golpe, é o dono das mensagens trocadas entre Mauro Cid e aquele perfil misterioso do Instagram que o advogado de Bolsonaro soltou outro dia durante os depoimentos. E agora? É a Vaza Jato do golpe?
O advogado é Eduardo Kuntz, que é responsável pela defesa de Marcelo Câmara. E o tal Câmara era assessor de Bolsonaro e virou réu no núcleo 2 do golpe. Vai vendo, BRASEW. O advogado anexou as mensagens e diz que se trata de Mauro Cid. Que ele teria até ligado para saber se era ele mesmo. E, nas tais conversas, o ex-faz-tudo teria feito críticas à investigação e ao Xandão.
E assim a delação do Mauro Cid entra mais uma vez na berlinda.
Hoje o Xandão negou o pedido da defesa de Bolsonaro para anular a delação do Mauro Cid, levando em conta uma reportagem da revista Veja. Agora o advogado de Câmara pede a anulação da delação mais uma vez e ainda pede o afastamento do Xandão do caso, já que o seu cliente é acusado de integrar um esquema de monitoramento do ministro supremo.
Mas a pergunta que não quer calar é: por que raios só agora essas conversas vieram à tona? Pois é, darling, segundo o advogado é porque era o momento oportuno. Ahã. Claro, claro.
O Xandão tomou várias decisões hoje no processo do golpe. Ele mandou o Google informar os dados de quem inseriu a minuta do golpe na internet e ainda determinou que a defesa do Anderson Torres faça uma perícia para demonstrar o que eles alegam: que o conteúdo da minuta de decreto encontrada na casa do ex-ministro da Justiça não tem nada a ver com a minuta do golpe.
E a outra decisão do Xandão foi permitir uma acareação entre o Braga Netto e o Mauro Cid. O Braga Netto diz que o Cid mentiu ao dizer que recebeu dinheiro do general em uma caixa de vinho para financiar parte dos atos golpistas. Preparem as pipocas.
E essa Abin Paralela?
Só agora a Polícia Federal indiciou o povo nessa história de Abin Paralela? Alguém lembra que o primeiro a falar de uma Abin Paralela foi o finado Bebiano? Aquele braço direito de Bolsonaro, que o ajudou na eleição de 2018, virou ministro, foi demitido porque se tretou com Carluxo, deu entrevista no Roda Viva, falou da Abin Paralela e morreu pouco tempo depois, de problemas de coração. Então, tudo isso já tem anos. Mas foi só agora mesmo que a PF concluiu o relatório.
Entre os indiciados estão Carluxo e Alexandre Ramagem, que era chefe da Abin. Bolsonaro também aparece na investigação, mas a informação é de que, como ele já é réu no processo do golpe, não foi indiciado. Tem até aquela história de que o Ramagem gravou uma conversa em que Bolsonaro aparece e eles falavam sobre como livrar Flavitcho da investigação da rachadinha.
Você sabe que o indiciamento é o primeiro passo, né? Agora a Procuradoria-Geral tem que analisar e depois apresentar ou não uma denúncia ao Supremo. Aí o Supremo aceita ou não a denúncia. E só então viram réus, para depois serem julgados culpados ou inocentes.
E vocês sabiam desse Al Qaeda de Mossoró?
Gente, e essa história aqui? A Justiça do Rio Grande do Norte condenou à prisão o cidadão que dizia ser da Al Qaeda e ameaçou a vida do Xandão. Ele gravou um vídeo dizendo: “vou dizer uma coisa a você, Alexandre, curto e grosso: você não tem peito de aço, você não tem cabeça de aço não. Você vai ser executado”.
E vai ter CPI
Alcolumbre, a estrela de Davi do Senado, criou a CPI do INSS (sobre aquela história das fraudes em desconto dos salários dos aposentados). O início da instalação da comissão de investigação foi uma ação protocolar de Alcolumbre. Em algum momento ele era obrigado a fazer a leitura do requerimento e formar a CPI. Mas bem que o presidente do Senado foi camarada com o governo e adiou por semanas o tal ato burocrático.
Nossa estrela de Davi já soprou por aí que quer Omar Aziz como presidente da CPI. Como será uma CPI mista, Huguito Motta, dono da Câmara frigorífica, deve definir o relator. E assim o governo pode até ter chance de não ter uma oposição tão ferrenha no comando da comissão.

E o Tarcísio?
Nosso governador de São Paulo que se acha o Thor segue jurando que vai ser candidato à reeleição em São Paulo. E abriu o palanque para Bolsonaro hoje na abertura de uma feira do setor de carnes em Presidente Prudente. Eis o que nosso ex disse sobre ele mesmo:
“Eleição sem Jair Bolsonaro é negação da democracia.”
Bote reparo que ele fez questão de botar o Jair na frente do sobrenome porque sabe, né? É muito Bolsonaro por metro quadrado na Family. E já tem gente de nome Eduardo querendo ser candidato.
É isso, BRASEW. Tô igual ao Congresso, contando as horas para o feriadão. Só que já estava esquecendo da gringa.
O conflito entre Israel e Irã segue firme e forte e o Trump ameaçando entrar na guerra a qualquer momento e tascar um monte de bombas no Irã.
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