O Lula diz que o Xi Jinping (que bane o que quer, a hora que quer lá na China) vai mandar alguém de confiança para dizer o que devemos fazer com as redes sociais.
O Bolsonaro quer ser o Lula e só fala em lawfare. E revela que está bancando o Dudu Bolsonaro nos States com o dindim do povo bolsonarista que fez aqueles milhões em Pix.
E o Jojo Batista, conhecido como Joesley Batista, está pagando 15 bi de reais à vista para acabar com a maior disputa ever de todos os tempos. (Não, darling, não tem nada a ver com o acordo de leniência. Esse é com pagamento em 25 anos.)
E a Tixa está como? Escrevendo este resumo da política para você, darling. Vem que o #éNoiteNaCidade desta quarta-feira já está no ar.
O TikTok do Lula
O Lula não gostou nem um pouco do vazamento sobre a Janja fazendo pergunta do TikTok para o Xi Jinping, em um jantar. Chegou na coletiva de imprensa e se mostrou indignado com quem teve a “pachorra” de vazar a informação para jornalistas (eu que não queria ser a pachorra). Ele ainda disse que não foi a Janja que puxou o assunto, foi ele mesmo, Lula. E até contou que a Janja só foi explicar sobre os problemas de publicações do TikTok contra mulheres e crianças. (Viu? Ele respondeu minha pergunta de ontem.)
Até aí, BRASEW, nada demais. Se a Janja quebrou protocolo por falar (oi? Sério que vale essa discussão?), se Lula não devia fazer perguntas durante o jantar ou se foi o Rui Costa que vazou (estão desconfiando dele), nada disso tem importância depois que o Lula fez a seguinte declaração:
“Perguntei se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa da confiança dele para discutir a questão digital, sobretudo o TikTok. Ele disse que o Brasil tem direito de fazer a regulamentação. Sabe que nós temos que regulamentar.”
Pronto, a oposição já foi para cima dizendo que ele vai trazer alguém que bane as redes sociais para discutir regulação. Lula, companheiro, não era mais fácil só dizer que você só pediu a bênção para regular o TikTok?
Para quem é perdido, o TikTok pertence à empresa chinesa ByteDance. E lá nos Estados Unidos, a rede está sendo banida porque os americanos dizem que a China rouba dados (e nem foi coisa do Trump, foi coisa do Congresso americano. O Trump, inclusive, foi quem manteve o TikTok no ar). E, caso você não saiba, não existe TikTok na China. Lá é uma outra rede, com outro nome. E, claro, mega controlada.
O Pix do Bolsonaro
Bolsonaro tentou vender as joias da Arábia Saudita e mal sabia que era só pedir um Pix para a galera que receberia fácil 17 milhões de realezas na sua conta. Pois bem, hoje ele revelou que está usando este rico dinheirinho para bancar o Dudu Bolsonaro nos Estados Unidos. Dudu abandonou seu cargo de deputado para ficar morando por lá, segundo ele, para defender a democracia.
Mas Bolsonaro falou pelos cotovelos hoje. Deu uma entrevista longuérrima para o Canal UOL. E a grande novidade foi ele ficar falando de um tal lawfare. Até perguntei para o advogado de Bolsonaro se foi ele que ensinou a jurisprudência para nosso ex, mas só recebi um cri cri cri de volta. Mas eu te explico.
Lawfare é uma expressão usada para dizer que existe uma guerra jurídica com intenção política contra a pessoa. Quem usava o tal lawfare o tempo todo? A defesa de Lula lá na Lava Jato.
E o Bolsonaro também revelou a estratégia com a história de derrubar a ação penal do Ramagem. Se cai a ação do Ramagem, caem todas as ações criminais, segundo ele, porque o caso só está no Supremo por conta do Ramagem (que é deputado federal e tem foro privilegiado). Não é bem assim, porque, afinal, todos os casos de golpe de Estado estão no Supremo, mesmo sem ninguém ter foro. O caso é que é de foro privilegiado.E ainda cobrou os governadores que estão por aí querendo o apoio dele para serem candidatos a presidente, em vez de defenderem o fim da sua inelegibilidade.

E tem o Pix do Jojo
E Joesley Batista, nosso Jojo, acabou com a maior disputa societária deste país. A treta era a seguinte. Ele não queria entregar a Eldorado Celulose para os indonésios da Paper Excellence, que compraram a empresa nos tempos em que Jojo estava na pior, fazendo delação premiada, confessando crimes, fazendo acordos de leniência e otrascositasmás.
Os Jojo da Indonésia não fugiram da briga e foi aí que ficaram se digladiando esses anos todos (os advogados agradecem). Teve até denúncias de ameaças de morte, denúncias de compra de juízes, denúncia de todo tipo.
Agora eles chegaram a um acordo para acabar com a pendenga e nesta quinta-feira, às oito da matina, eles vão ao banco BTG – do Andrezito – assinar os papéis. Joesley então terá que fazer um Pix de R$ 15 bilhões para os indonésios. À vista. Aí, enfim, o caso será encerrado. (Claro que não é Pix, darling, mas é à vista.)
É, darling, esse negócio de parcelamento é coisa de classe média ou coisa das autoridades que topam parcelar em 25 anos multas por conta de casos investigados de corrupção. (Ahã, foi uma direta.)
A propósito, tudo isso está acontecendo às vésperas do aniversário do Joesley Day. Aquele dia em que o Lauro Jardim revelou as conversas gravadas com Michel Temer. Tem que manter isso, viu?
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