As pesquisas do fim de semana com os moradores do Rio de Janeiro mostraram que a segurança pública vai ser o calcanhar de Aquiles de Lula nas eleições. Crônica de uma morte anunciada desde o começo do governo, que, diga-se de passagem, até agora não fez nada. Só o que me lembro é do ministro da Justiça, Lewandowski, dando coletiva para explicar por que criminosos fugiram pela luminária de uma prisão de segurança máxima.
Eis o que dizem os números: mais de 80% da população do estado aprovou a operação da polícia que matou 120 pessoas, segundo pesquisa Quaest. O Datafolha mostra que 57% dos moradores da capital aprovaram. Os números mostram ainda que o governador Cláudio Castro viu seu índice de aprovação saltar 10 pontos, chegando a 53%, porque o carioca achou que ele fez a operação de fato para combater o crime, e não para se promover.
Mas tem mais números que vão afetar a candidatura Lula 2026. Mais de 70% dos moradores do estado acreditam que os traficantes deveriam ser enquadrados como terroristas. Mais de 60% acham que Lula quis mesmo dizer que os traficantes são vítimas quando discursou lá na viagem da Ásia. E tem mais: a maioria do povo acha que a polícia do Rio não tem condições de combater o crime organizado, e 94% achou boa a criação do escritório de emergência para resolver essa treta. Só que mais de 70% tem medo de um revide dos criminosos. E mais de 50% não se sente mais seguro depois da operação.
Outro número da Quaest mostra que 50% defendem que a polícia aborde um criminoso para tentar prender sem atirar. Mas 45% acham que tem que sair atirando.
Não está fácil, está difícil. Melhor ir ali comprar um pão doce.
Outra vibe da eleição de 2026 vai ser a do Nikolas Ferreira, que já começou a chamar o PT de Partido dos Traficantes. A Justiça até mandou o deputado apagar a postagem que ele fez no X. Quem acredita que isso daí não vai se alastrar feito pólvora?
A verdade é que, no vai e vem das ondas, o mar parece estar para o lado da direita no momento.
Xandão geral da República
E o Xandão segue em tudo quanto é assunto. Ele é o Supremo que está caçando as informações do que aconteceu na operação do Rio. O governador Cláudio Castro fez reunião com o ministro supremo e garantiu que fez tudo certinho dentro do que foi decidido na famosa ADPF das Favelas. Foi nesta ADPF que o Supremo tomou a decisão estabelecendo regras de direitos humanos para operação policial em favelas, tentando evitar grande letalidade por parte da polícia. E aí, semanas depois, acontece a operação mais letal ever. Vai vendo a treta.
Xandão marcou para o dia 5 um encontro com várias entidades para saber o que elas têm a dizer e para entrarem como amicus curiae no processo (amigos do juiz). Mas Xandão não quis saber de ter amizade com o PT, PSOL e PSB, além das Defensorias Públicas da União e do Estado do Rio de Janeiro.
The Bolsonaros ansiosos
A vida da Family anda difícil. Eles também precisam de um pãozinho doce. O Supremo marcou para o dia 14 de novembro o julgamento para saber se aceita ou não a denúncia contra Dudu Bolsonaro por fazer lobby nos States para obstruir a Justiça. E também se espera ainda para novembro que Bolsonaro pai vá para a prisão, quando acabarem os recursos possíveis da decisão que o condenou à prisão.
Enquanto isso, Mauro Cid, o ex-faz-tudo de Bolsonaro, deixou hoje a tornozeleira eletrônica e começou a cumprir sua pena de 2 anos em regime aberto. Ele, claro, não recorreu da decisão que o condenou, mas também o premiou com penas pequenas por conta da delação que entregou os planos de golpe de Estado.
Dindim para a Amazônia
Haddad, nosso Fernandinho Cabelo, só pensa naquilo: no dinheiro. Ele diz que espera que os países que vão vir para a COP30 doem US$ 10 bi para o fundo que vai proteger a Amazônia. E parece que vai ter COP mesmo em Belém. Mas o clima que lute.
Enquanto isso, nas Alagoas
Renanzito, o Calheiros, que é senador, recebeu o projeto para a isenção do imposto de renda para relatar depois que foi aprovado por unanimidade na Câmara e resolveu dar uma de difícil, pedindo explicações sobre o impacto no orçamento do governo federal e otras cositas más. O problema é que Arthurzito Lira, que é o inimigo político número um de Renanzito nas Alagoas, foi quem conseguiu aprovar por unanimidade o tal projeto na Câmara.
E o que Arthurzito está fazendo? O Carlos Madeiro, do UOL, nos conta que o deputado encheu a cidade de Maceió de outdoors, com foto e tudo, dizendo que ele aprovou o tal projeto da isenção. Ai, ai. E agora, Renanzito? O Haddad mandou dizer que não tem impacto no orçamento. E corre à boca pequena que Renan vai apresentar o relatório nesta terça.
E o Huguito que se explique
A área técnica do Tribunal de Contas da União está pedindo que Huguito Motta, o atual dono da Câmara Frigorífica, prove que duas funcionárias acusadas de serem fantasmas trabalharam mesmo para ele. Vai um pãozinho aí também, Huguito?
E a gente que lute
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