O supremo Gilmar Mendes está intrigado e quer saber o que de errado temos feito. Não a Tixa, darling. Nós, no caso, são eles. E o momento filosófico é por conta da megaoperação da semana no Rio, com 120 mortos. Gilmar é destemido. Já pensou se alguém responde?


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Gilmar Mendes, ministro supremo e decano, sobre a operação no Rio, em entrevista ao Estadão:

“Temos que nos perguntar o que de errado temos feito. E qual é a nossa responsabilidade nesse latifúndio. Então, não é momento para polemizar, mas vamos ter um posicionamento mais claro a partir de todas as investigações. Sobretudo, vamos trazer propostas construtivas: organizar para frente e ver o que podemos fazer para melhorar.”

Não, darling, não é pra responder.

Haddad, Fernando, ministro da Fazenda, em entrevista coletiva:

“Se não chegar na gerência, na diretoria, nos CEOs, o dinheiro vai voltar a abastecer o crime organizado. Nós temos que evitar isso (as operações pontuais). Não podemos nos orgulhar de, a cada dois ou três anos, conviver com uma cena dessas.”

Acho que já é o terceiro dia que ele fala a mesma coisa com outras palavras. Mas precisamos contar para o ministro que uma pesquisa da AP Exata mostra que, nas redes sociais, a percepção do brasileiro já mudou sobre a operação contra o Comando Vermelho. Até quarta, a maioria reprovava. Hoje, a maioria já passou a aprovar.

Lula, Luiz Inácio, presidente do Brasil, no X-Twitter (que segue sendo a rede oficial de todo mundo):

“Assinei e envio hoje ao Congresso Nacional o Projeto da Lei Antifacção, elaborado pelo Governo do Brasil, que eleva para até 30 anos as penas para quem integra as facções criminosas que dominam muitos bairros e comunidades."

Será que alguém falou para o presidente que já é praticamente novembro? E que já falta um ano para o fim do mandato? E que talvez, se ele tivesse mandado antes, teria sido legal?

Aécio Neves, deputado federal, futuro presidente do PSDB (partido que ninguém sabe se ainda existe mesmo):

“O PT age como se não tivesse nada a ver com a escalada do crime organizado, como se o partido não tivesse comandado o Brasil em 17 dos últimos 23 anos."

Aecim ressuscitou outro dia e já andou descobrindo a América.

A Polícia Civil do Rio

Balanço da lista parcial de 99 suspeitos mortos nos complexos da Penha e do Alemão: nenhum havia sido denunciado pelo Ministério Público na investigação que deu guarida à operação. Quarenta e dois mortos tinham mandados de prisão em aberto em outros casos. Setenta e oito possuíam “relevante histórico criminal”.

Gleisi "narizinho" Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, sobre a história de taxar traficantes como terroristas:

"Os governadores da direita, vocalizados por Ronaldo Caiado (governador de Goiás), investem na divisão política e querem colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump na América Latina. Não conseguem esconder seu desejo de entregar o país ao estrangeiro."

Será que cola?

Geraldo Alckmin, vice-presidente e negociador, falando sobre as tarifas:

“Não tem data marcada, mas eu acho que nós vamos avançar rápido.”

Levando em conta que já se passou quase uma semana desde o encontro de Trump e Lula e, até agora, nada aconteceu, temos que descobrir o que “avançar rápido” significa no vocabulário do nosso vice.

Celso Amorim, assessor internacional do Lula, sobre a mediação da crise dos EUA com a Venezuela:

“O Brasil não quer dizer aos Estados Unidos o que eles têm de fazer."

Ufa! Que bom, né? Porque, realmente, o Trump iria escutar.

Donald J. Trump, J de João, falando sobre se vai invadir a Venezuela:

“Não.”

Então é isso. Terminamos assim, sem comentários.

E não esqueça: nós deixamos o UOL, mas nossa comunidade tem milhares de pessoas que nos leem todos os dias. Não largue a Tixa, que a Tixa não larga vocês no meio dessa política louca que é o Brasil.

Vem, BRASEW!!


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