Michelle soltou a granada no Ceará contra Cirão das massas de lasanha, o Ciro Gomes, agora na versão PSDB e… adivinha? Os filhos de Bolsonaro estrilaram e falaram mal da madrasta. Vai vendo, BRASEW. O clã virou um galinheiro em guerra aberta, com direito a galo preso, milho cozido e quem manda em quem na sucessão do patriarca. E ainda por cima, o PL deu um puxão de orelha na Michelle. E nem falei da Joice Hasselmann, que não perde um flash para dizer que Michelle é uma crente de araque.


E hoje ainda temos um diagnóstico preciso do Brasil feito pela Quaest e como Lula parece estar seguindo a cartilha. Aliás, Lula já está fazendo campanha até em rede nacional. E o Aécio, que ressuscitou outro dia, já disse que vai entrar com uma ação na Justiça. Temos ainda Davi Alcolumbre, a estrela-mor do Senado, mandando cartinhas no fim de semana e muito mais. Vem ler.

A treta é a seguinte: desde que Bolsonaro foi preso, The Family está se bicando para saber quem será o novo mito. Já se bicaram na reunião do PL em que a galera se reuniu para saber o que seria do bolsonarismo após a prisão. A Michelle estava toda trabalhada nas piadas, dizendo que levou milho para o Bolsonaro e o chamou de “meu galo”. Depois ainda disse que nosso ex segue firme na prisão e que havia chegado a hora de provar ser “imbrochável”. Gente!!! Os filhos não gostaram e disseram que ela estava expondo Bolsonaro. Flavitcho saiu da tal reunião se dizendo porta-voz de Bolsonaro.

Mas eis que, neste finde, Michelle foi para o Ceará e disse no palco que a aliança do PL com Ciro, do PSDB, no Ceará “não dá” porque Ciro foi o homem que chamou Bolsonaro de ladrão de galinhas (gente, mas esse povo está fissurado nos galináceos). E criticou o André Fernandes, que é deputado federal pelo PL, dizendo que ele foi precipitado em se aproximar do Ciro. A ideia, pelo que entendi, é que Ciro Gomes seja candidato a governador. E eis que Michelle lançou o Girão, que é do Novo, como candidato a governador. Ainda garantiu que foi ao Ceará a pedido do marido.

O André não tomou o toco sozinho e devolveu: “Mas isso veio do seu marido, ok?” E jogou Carlos Bolsonaro no viva-voz pra provar. O Flavitcho, nesta segunda, também entrou em campo dizendo que Michelle é autoritária e que ela atropelou o próprio pai dele. Logo, logo a gente lança a newsletter Tretas Familiares.

Só sei que o PL também não gostou nada do que Michelle fez e a chamou para um puxão de orelha. E ainda tem a treta de Santa Catarina, em que Michelle quer apoiar Caroline de Toni para o Senado, mas eis que por lá querem lançar o Carluxo e a Caroline já estrilou.

E, como trilha sonora paralela, Joice Hasselmann segue em modo ataque total, chamando Michelle de tudo — de “amante” a “santinha do pau oco”. Joice foi para as redes hoje contar que a Justiça não atendeu ao pedido da Michelle de tirar os vídeos de Joice do ar, em que ela conta que a ex-primeira-dama, toda trabalhada na religião, foi amante de Bolsonaro. E ficou grávida nesse ínterim.

E nem chegamos em 2026 ainda.

Vão chamar a Regina Duarte

Felipe Nunes, da Quaest, deu um tapa na cara do autoengano nacional: o Brasil de 2025 pensa como 1997. Medo, desconfiança, cansaço e um conservadorismo meio “quero segurança, mas sem virar Texas”. Aposto que alguém vai chamar a Regina Duarte de novo para dizer “eu tenho medo”.

A pesquisa mostra que o brasileiro quer lei dura, mas não arma na cintura. Quer trabalho que não se esgote, mas não acha que o Estado é quem salva. E que o eleitor decisivo hoje não é nem o petista raiz, nem o bolsonarista raiz: é o empreendedor precarizado que se acha classe média — motorista de app, cabeleireira, entregador, manicure, o grupo que a política ignorou por décadas.
A grande avenida eleitoral? Reduzir o cansaço do país. A galera tá exausta. Seis em cada sete brasileiros precisam de mais de um trampo pra fechar o mês. Metade está relatando cansaço como um estado emocional permanente. Segurança, renda e menos sufoco viraram a tríade do voto.

E é aqui que entra Lula, seguindo a apostila Quaest quase linha por linha:

Escala 6x1 → Lula já mostrou que essa vai ser a nova promessa de campanha. Conversa direto com quem está no limite físico.

CNH mais barata → O governo anunciou hoje que não será mais preciso fazer autoescola para tirar a carteira de motorista. Recado cirúrgico pro exército de autônomos precarizados.

Pronunciamento “ricos vs. pobres” → Brasil ama um justiceiro tributário e Lula foi em rede nacional de televisão mostrar que ele é o cara.

Isenção do IR até R$ 5 mil → Lula vendeu “quase um 14º salário”.

Estética Robin Hood em cadeia nacional → imagens de país estável, família feliz, fábrica girando.

O recado subliminar do governo foi claro: “Eu sei que você está cansado. Eu vou aliviar.” O problema, segundo Nunes, da Quaest, em entrevista dada ao Estadão, é que a sensação real da população não acompanha a narrativa e 2026 não tem Bolsonaro no ringue para repetir a fórmula de 2022.

O país quer segurança e a direita tem discurso afinado nisso. Hoje mesmo, Tarcísio subiu também no palanque com Cláudio Castro e o Derrite (que está deixando sua Secretaria de Segurança Pública) e, sobre o que eles falaram? Segurança. Não esqueçam que a operação de Castro no Rio, que matou 120 pessoas tidas como pertencentes ao crime organizado, foi apoiada pela maioria da população.

Mas Lula vem tentando comprar tempo com alívio imediato, justiça fiscal de bolso e um Brasil de comercial de margarina em cadeia nacional.

Kassab tá ligado também

Kassab parece que também leu a Quaest e entendeu que o Brasil está conservador, com medo, exausto e num nível -5 afim de radicalismo. Aí resolveu dar o recado mais passivo-agressivo do ano: “Tarcísio, amor, você quer ganhar ou quer continuar brincando de bolsonarista?” As aspas eu inventei, darling, com licença poética, mas foi mais ou menos isso que ele disse.

Eis o que de fato Kassab disse:

“O melhor candidato é o Tarcísio. Se ele for candidato, meu partido vai apoiá-lo. Mas ele tem errado. Daqui para trás, ele exagerou um pouco. Ele não pode se apresentar como bolsonarista. Ele tem que ser um líder acima de tudo, e ele vai se apresentar.”

Resumindo: para Kassab, ficar colado no mito só rende like no X; voto mesmo está no meio-termo, nesse eleitor que é careta, que quer ordem, mas não quer sentir que está embarcando num bunker.

Lá vem o Master

E parece que o caso do Banco Master vai parar no Supremo. Eis que a Polícia Federal encontrou um documento que cita o deputado João Carlos Bacelar Filho, do PL da Bahia. A defesa de Daniel Vorcaro, dono do Master, pediu que o caso vá para o Supremo diante de tal documento. O deputado diz que era apenas uma tentativa de constituir um fundo para construir um empreendimento em Porto Seguro.

Só eu achei que a defesa se apressou demais em levar o caso para o Supremo? Vorcaro parece que tinha uma relação cortês com ministros supremos. Patrocinou diversos eventos nos States onde vários supremos foram palestrantes.

Davi revolts

E nossa estrelamor do Senado, Davi Alcolumbre, mandou uma notinha para a imprensa para dizer que o governo Lula está tentando colar nele a imagem de toma-lá-dá-cá por cargos e emendas para justificar atritos em torno da indicação de Messias ao STF. Davi surfando na onda de que o problema é o Messias, quando se sabe que o problema está nas profundezas do Banco Master. Davi, querido, acredito em você que o problema desta vez não são cargos e emendas.

No recadinho final, Alcolumbre diz que o Senado não aceita pressão, que cada Poder precisa respeitar seu limite e que a decisão sobre Messias será “livre e soberana”, sem aceitar jogo político externo. Ahã, claro, claro.

Lula está pedindo votos

E Lula saiu a campo para pedir uns votinhos para o Messias. Não, darling, não seja perdido, não é para o Bolsonaro. É para o Jorge Messias, que ele indicou para o Supremo. Messias precisa de 41 votos no Senado para virar ministro supremo. Mas fiquem tranquilos, eu apostaria que Davi e Lula logo vão sentar, conversar e Davi ganhará alguma coisa que ele quer (e que nunca ele vai botar numa notinha para a imprensa, né, BRASEW?). E aí virá uma notinha de que estamos trabalhando pelo BRASEW.

Curtíssimas

👉 E essa notícia do Estadão dizendo que o vencedor de uma licitação milionária do Ministério da Previdência estava circulando livremente pelo ministério durante a licitação. Gente, sério? A licitação é para atendimento de telemarketing do INSS. O ministro Wolney Queiroz agora diz que vai investigar para saber o que aconteceu.

👉 Ramagem, o deputado federal condenado, com prisão decretada e foragido, agora teve o seu salário bloqueado pela Câmara. Mas a equipe segue firme lá e ele ainda não perdeu o mandato.

👉 Xandão mandou fazerem um laudo oficial para saber se o general Heleno está mesmo com Alzheimer ou não, e então poder decidir sobre a prisão domiciliar. Heleno disse para os médicos do Exército que está diagnosticado desde 2018. Seu advogado diz que foi só agora, em 2025.

Hoje é só segunda, BRASEW!


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