Os réus do bloco do Bolsonaro começaram a depor hoje, BRASEW. E só quero dizer que teve guaraná, salgadinho, cartinha para Bolsonaro nunca entregue e o advogado do nosso ex querendo livrá-lo do 8 de janeiro. Vem ler o #éNoite de hoje e, ainda, de quebra, saber que impostos o Haddad quer aumentar agora.
Mauro Cid, aquele ex-faz-tudo do Bolsonaro e que delatou todo mundo, foi ao Supremo, bateu continência pros generais (que eram generais), apertou a mão do Bolsonaro e quase mandou um beijo para o Xandão. Mas aí, durante o depoimento, ele saiu com essa: as reuniões de kids pretos eram “conversas de bar” e o papo deles no zap era só bravata. Xandão reagiu no modo ironia suprema:
“Com guaraná e salgadinho? Então não era conversa de bar.”
Cid tentou dizer que não tinha qualquer plano golpista nos convescotes dos milicos, mas admitiu os memes, os xingamentos contra Xandão e até um “esse cara é um desgraçado” jogado no ar. Segundo ele, os encontros em Brasília eram, no começo, só desabafos entre amigos de farda. Sem ata, sem pauta, sem golpe. Só salgadinho. Ahã. Claro. Claro.
Como diz o outro: um monte de militar de alta patente se reunindo para falar de golpe depois de perderem uma eleição, com milhares de pessoas acampadas na frente dos quartéis, parece bem mais do que bravata, né, BRASEW? Tem que ver qual salgadinho era esse que serviam lá, talkey?
🫥 Braga Netto
Quem ficou mal na foto depois do depoimento do Mauro Cid foi o Braga Netto. Cid o colocou como peça presente no tabuleiro das “conversas de bar” com guaraná e intenções nada republicanas e confirmou que recebeu dinheiro em caixas de vinho diretamente das mãos do ex-ministro de Bolsonaro para financiar uma ação de monitoramento do Moraes, que fazia parte da trama para dar um golpe de Estado no país. Perguntado sobre quem deu o dinheiro, jogou ao vento que foi “o povo do agro”.
📌 Outras confissões do Cid
– Confessou que a minuta do golpe estava mal escrita. (Confessou, modo de dizer, já que não foi ele quem escreveu.)
– Disse que Bolsonaro mexeu na minuta. Editou e só deixou o Xandão para ser preso. Ainda brincou dizendo que Bolsonaro deu habeas corpus para o presidente do Senado e para o ministro supremo Gilmar Mendes (ao tirá-los da lista de prisioneiros do decreto do golpe).
– Reafirmou que Bolsonaro flertava com a ideia de não aceitar o resultado das eleições, mas garantiu que ele nunca formalizou nada.
– Disse que o Exército apoiava, sim, os acampamentos que protestavam contra o resultado das eleições e pediam intervenção militar.
– Questionado pelo advogado de Bolsonaro, garantiu que nosso ex não sabia de nada do 8 de janeiro. (E mesmo assim os advogados saíram dizendo, após o depoimento, que Mauro Cid tem “memória seletiva”.)
– E ainda disse que o almirante Garnier estava, sim, com Bolsonaro e não abria. (Esse é aquele que botou as tropas à disposição de Bolsonaro, enquanto os outros comandantes falavam até em ordem de prisão e que Lula assumiria, acontecesse o que acontecesse.)
✉️ Cartinhas para Bolsonaro, por Ramagem
Alexandre Ramagem, o ex-diretor da Abin e atual deputado bolsonarista, resolveu fazer terapia pública em depoimento. Ele é acusado de ter iniciado a trama golpista. Para se defender, contou que apenas escrevia cartas com o nome de Bolsonaro nelas — cartinhas cheias de conselhos sobre urnas e diagnósticos políticos — mas nunca entregava. Coisa meio crush da oitava série, hein, BRASEW?
Bolsonaro deve depor entre terça e quarta e prometeu que não vai lacrar.

💰 Plano Haddad: uma MP, uma aposta e um pepino
Adivinha qual foi o plano do nosso ministro da Fazenda para substituir a famigerada alta do IOF? Aumentar outros impostos. Parabéns pra você, nesta data querida. Adivinha qual foi o meme que voltou? O do Taxad. E a chiadeira (que tinha sido dos bancos com a alta do IOF) já começou de novo, BRASEW.
Aqui a listinha das ideias que vão estar em uma medida provisória:
– Aumentar o imposto das bets (de 12% para 18%) e títulos hoje isentos, como LCI e LCA, passariam a pagar imposto de renda de 5%.
– Acabar com a alíquota mínima do CSLL de fintechs, deixando no mesmo nível dos bancos (15% a 20%).
– Cortar 10% dos benefícios fiscais de modo geral, o que, na prática, pode irritar meio Congresso — ou o Congresso todinho.
Motta, o dono da Câmara frigorífica, já saiu dizendo que só porque o ministro vai mandar uma MP, não significa que eles têm compromisso de votar. Huguito do céu!!! Socorro, né? Vamos combinar que Haddad, assim como quem não quer nada, mostrou para os líderes do Congresso como explodiram os gastos do Fundeb (o fundão da educação que faz a alegria de alguns parlamentares) e das emendas parlamentares.
Pergunta se alguém falou em reduzir esses gastos?
E olha que o ministro nem falou em acabar com o Perse — aquele programa de benefícios fiscais para o setor de eventos que isentou milhões de influenciadores ricaços da esquerda e da direita.
Sabe quem estava empenhado em fazer o Perse continuar num passado não muito distante? Lira, nosso Arthurzito. Saudades, Arthurzito. Mas a sua Câmara frigorífica segue botando o governo na geladeira.
🔥 Trumpices mode on
Lá nos States a coisa tá assim: um monte de manifestantes resolveu protestar em Los Angeles contra a prisão de dezenas de pessoas após operações contra imigração.
O Trump fez o quê? Mandou as tropas. Hoje mesmo foram 700 fuzileiros navais. O bicho pegou. Gás lacrimogêneo, jornalista atingida por bala de borracha. Aquela coisa toda que a gente conhece bem.
O governador da Califórnia não gostou nem um pouco da intromissão e entrou com uma ação contra os Estados Unidos dizendo que Trump não devia ter enviado a Guarda Nacional, porque eles tinham polícia suficiente para resolver os protestos (se fosse o caso).
Como diz o New York Times, Trump acaba de mudar o foco da briga: de Musk pra Newsom (o governador da Califórnia).
É isso, BRASEW. Vamos ser econômicos que ainda é só segunda.
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