Corre Derrite, o secretário de Tarcísio, daqui. Corre o governo Lula de lá. Hugo Motta bate na mesa. Lewandowski só espera. Lá vem o quarto relatório do Projeto de Lei Antifacções. A votação caiu e ficou só para semana que vem. Maior burburinho no Congresso. E por quê? Por quê? Por quê? Porque é a violência, seu perdido, o tema da eleição de 2026. E a pesquisa Quaest divulgada hoje mostrou que o povo acredita que leis mais duras resolvem o problema. Entendeu por que todo mundo quer ser o pai da criança?
Em um ano, o assunto "violência", que era considerado prioridade para 17%, saltou para 38%. A economia, que era a maior preocupação para 24%, caiu para 15%.
Mas váááários outros dados da pesquisa encomendada pela Genial Investimentos mostram como a segurança pública dominou a pauta, especialmente depois da megaoperação que matou 130 pessoas no Rio e da operação Carbono Oculto, que pegou o dinheiro do PCC na Faria Lima. (A pesquisa ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 6 e 9 de novembro, com nível de confiança de 95%.)
Presta atenção neste dado: 97% da população brasileira ficou sabendo da operação do Rio. Olha isso, BRASEW!!!! Até as galinhas no galinheiro estão sabendo da notícia. E mais de dois terços dos eleitores aprovaram a operação e não acham que houve qualquer exagero da polícia. Mas, porém, todavia, entretanto, contudo, 55% disseram que não gostariam que esse tipo de operação acontecesse em seu estado. Ah, vá! Famoso “pimenta nos olhos dos outros é refresco”.
E como está o Lula no rolê da segurança? A pesquisa diz que a avaliação do governo federal no quesito segurança pública era negativa para 38% há um mês e agora caiu para 34%. Uma atuação regular saiu de 32% para 36%. Ai, chega de números. Socorro.
Só mais alguns. Mais de 45% acreditam que leis mais rígidas ajudam, 88% acham que tem que aumentar a pena para os bandidos, 73% acham que eles deveriam ser considerados terroristas e 52% acham que a segurança deveria ser transferida para o governo federal. Aquele momento em que me pergunto: será que as pessoas realmente sabem que são os governos estaduais os responsáveis pela segurança pública básica?
Quem está mal na foto é a Justiça. Porque a maioria acredita que a polícia faz seu trabalho, prende, e a Justiça solta.
No rolê da Antifacção
Maior confusão e disse-me-disse no Congresso hoje por conta do PL Antifacção, que é relatado pelo Derrite, o secretário do Tarcísio. Como vocês sabem, o projeto foi enviado pelo governo e o Derrite foi lá e mudou tudo. E depois mudou de novo. E de novo. Já foram umas quatro vezes. Agora, sabe-se Deus o que vai acontecer até terça que vem, quando eles dizem que vão votar o projeto. O pessoal discute desde orçamento para a Polícia Federal até se os bens dos bandidos devem ser confiscados antes ou depois do trânsito em julgado.
E o Haddad, nosso Fernandinho Cabelo, resolveu fazer intrigas. Eis o que ele disse sobre o relator, o Derrite:
“Não é, propriamente, uma pessoa que entenda de inteligência de investigação.”
Digo nada, só óleo.
Operação Coffee Break na casa da nora
A PF acordou cedo, e não foi pra tomar café. A corporação fez buscas na casa de Carla Ariane Trindade, ex-nora de Lula, em Campinas, dentro da operação que investiga fraudes em licitações e desvio de grana pública.
A suspeita é de que Carla teria usado sua passagem por Brasília pra destravar recursos do Ministério da Educação a favor da empresa Life Tecnologia Educacional, que abocanhou R$ 70 milhões em contratos para fornecer kits e livros escolares superfaturados.
O dono da empresa, André Mariano, é acusado de bancar viagens e repassar uma “mesada” a Kalil Bittar, ex-sócio de um dos filhos de Lula, em troca de influência política. Na agenda de Mariano, o nome de Carla aparece com o codinome “Nora”. Sim, “Nora”. Zero sutileza.
O caso está sob a tutela da 1ª Vara Federal de Campinas e levou à prisão de Mariano. Carla e Kalil dizem que só falam depois de ver o processo. O Planalto preferiu o modo silêncio.
No momento da batida, o filho de Lula, Marcos Cláudio, estava na casa da ex-mulher. A PF levou o celular, o computador e até um caderno de capa dura que, se for diário, promete mais plot twist que novela das nove.
Papuda ou papudinha?
Depois de 100 dias de prisão domiciliar, o que aconteceu com Bolsonaro? Foi sumindo aos poucos da mídia, assim como os próprios bolsonaristas parecem ter desistido da pauta da anistia, assim como o apoio de Trump ao nosso ex foi-se junto com a química de Lula. E agora a única discussão que paira sobre Bolsonaro é: Papuda ou Papudinha?
Numa tentativa de voltar à pauta, nosso ex pediu para que o Xandão autorize o mais rápido possível que Tarcísio possa ir visitá-lo. Há quem diga que pode ser que ele acabe oficializando o apoio a Tarcísio. Ele precisa se apressar mesmo, senão daqui a pouco nem terá chance de um indulto com um possível novo presidente da República.
Gonet que não é Monet
Enfim, Paulo Gonet foi reconduzido pelo Senado ao cargo de procurador NADA amigo-geral da República. Há dois anos, quando ele recebeu 65 votos dos senadores, todo mundo acreditava na sua continuidade no cargo. Hoje, a moral caiu um pouco, e foram apenas 45 senadores que votaram a favor.
E quem são os narcoterroristas venezuelanos?
A agência internacional de notícias Associated Press fez uma grande reportagem para relatar quem eram as pessoas que morreram nos ataques de Trump a supostos barcos de narcoterroristas. Assim a AP descreve:
“Um era um pescador que lutava para sobreviver com US$ 100 por mês. Outro, um criminoso profissional. Um terceiro era um ex-cadete militar. E o quarto era um motorista de ônibus em sérias dificuldades.”
Todos eles faziam bico para entregar drogas de barco. Pelo visto, os narcoterroristas de verdade seguem comendo pipoca.
Deu ruim para Trump
Os democratas revelaram hoje e-mails de Jeffrey Epstein, aquele cara acusado de ser pedófilo e que morreu na prisão enquanto esperava o julgamento por tráfico sexual de menores — e que era amigo de Trump. E os e-mails sugerem que Trump sabia do esquemão das meninas menores de idade. A Casa Branca, claro, disse que é tudo mentira e uma tentativa de difamar Donald J. Trump (J de João, juro). Esse tema é super delicado entre os próprios apoiadores de Trump porque, na eleição, ele prometeu que abriria todos os arquivos do Epstein e até agora, nada.
Devo ter esquecido uns dez assuntos, mas é isso, BRASEW. Amanhã estamos de volta.
Aqui na Tixa entregamos nosso conteúdo gratuitamente, mas não significa que não custa caro. Se este conteúdo tem sido um diferencial no seu dia a dia, considere ser nosso apoiador. A maneira mais fácil é pelo Pix da Tixa: 49.875.575/0001-47

Comentários