Hoje foi o dia de todo mundo meter o louco, BRASEW. Carla Zambelli fugiu do Brasil para não ser presa (atrapalhando de novo o mito? Já explicamos). Dudu Bolsonaro achou por bem negar que lambe botas do Trump. O Lula saiu a explicar o rolê do IOF: “foi um afã do Haddad. Eu não estava mais aqui”. Tradução para o bom português: o ministro também meteu o louco. E a TixaNews está aqui, desembestada, pra contar o resumo político do dia.
Lula prometeu que ia falar com muita frequência com os jornalistas. Não cumpriu. Levou quatro meses para fazer uma nova coletiva dentro da era Sidônio, o publicitário geral da República que assumiu o posto para salvar o Lula das crises provocadas pelo Haddad. E quando voltou a falar, lá estava em destaque o ministro da Fazenda, nosso Fernandinho Cabelo.
Haddad lançou um pacotinho há duas semanas. O pacote não tinha nem dormido e o ministro já teve que dar o primeiro recuo. Passou o fim de semana e o pacotinho derreteu-se por completo. Haddad não falou com ninguém, mas jurou que falou pelo menos com o Lula. Pelo que o Lula contou hoje na coletiva, não foi bem assim.
“Haddad, no afã de dar uma resposta logo à sociedade (apresentou a solução do aumento do IOF).”
E depois continuou:
“A Fazenda trabalhou muito, era uma sexta-feira, e fez o anúncio. Eu já não estava mais aqui, quando poderia ter feito a discussão (com os presidentes da Câmara e do Senado). Haddad queria anunciar rápido para dar tranquilidade à sociedade brasileira.”
Pensamento nada aleatório: fiquei matutando aqui na tal tranquilidade da sociedade brasileira com o anúncio de aumento de imposto. Os presidentes da Câmara e do Senado emparedaram o Haddad. Lula teve que acudir. Fez reunião no domingo, fez reunião hoje. E agora o ministro disse que vai apresentar um novo pacote no fim de semana.
Para os Perdidos: Vamos lembrar aqui que o pano de fundo disso tudo são as emendinhas dos congressistas. Haddad fez um pacote para fechar as contas públicas e anunciou um corte de 30 bilhões nos gastos (o que incluiria uns 8 bi das emendas. Vamos ficar de olho, Congresso, se vocês vão aceitar cortar essa dinheirama das emendas) e o aumento do IOF para o governo arrecadar 20 bi a mais do que o previsto. Se o governo não conseguir os 20 bi, adivinha quem vai ter que pagar a conta?
Lula ventilou hoje a possibilidade de um corte de benefícios fiscais para empresas. São centenas e centenas de bilhões de reais que o governo deixa de arrecadar em forma de benefício fiscal.
O que mais Lula falou?
Defendeu Marina Silva com unhas e dentes, disse que confia 100% nela e que ela confia 100% nele. Mas no fim disse que não sabe se é a favor ou contra o projeto de lei que acaba com as licenças ambientais, ao qual Marina se referiu como um “golpe de morte.”
E teve ainda uma reportagem da Folha mostrando que o processo de aprovação dos testes da Petrobras na Foz do Amazonas pelo Ibama envolveu uma mudança na tramitação. Inicialmente, um parecer técnico assinado por 29 especialistas recomendou a rejeição do plano de proteção da fauna da Petrobras, apontando falhas operacionais e riscos ambientais.
No entanto, ao chegar à presidência do órgão, Rodrigo Agostinho utilizou um “parecer alternativo”, assinado por “dois técnicos”, para justificar a aprovação dos testes. Então tá, né? Alcolumbre, nossa estrela de Davi do Senado, agradece.

E o Dudu Bolsonaro, lambe ou não lambe botas?
Lula disse que é lamentável que um deputado brasileiro, filho de um ex-presidente, esteja convocando os EUA para se meter na política interna do Brasil.
“É isso que é uma prática terrorista, antipatriótica.”
E disse que Dudu (sem falar o nome dele) fica lambendo botas do Trump. Eis que Dudu achou por bem negar que lambe botas:
"Não sou lambe-botas do Trump”, disse Dudu ao UOL.
Claro que o filho 03 falou outras coisas, mas no fim o que vale é que ele nega ser um lambe-botas.
E vamos ao título do éNoite de hoje
Carla Zambelli fugiu do Brasil. Ela foi condenada a dez anos de prisão pelo Supremo por conta do rolê com o hacker que invadiu o Conselho Nacional de Justiça e emitiu uma ordem de prisão do Xandão contra o próprio Xandão. No julgamento, a suprema Cármen Lúcia chegou a falar coisas do tipo “desinteligência natural.” Pois bem, na esperteza, Zambelli saiu do país, tudo indica que pela Argentina. De lá foi para os Estados Unidos, alegando que está em busca de tratamento médico, mas logo já disse que ia para a Itália, onde o Xandão não poderia prendê-la.
Zambelli fugiu. E agora, mito?
E por que isso pode atrapalhar Bolsonaro? Porque as notícias já dão conta que a saída de Zambelli do país acendeu o alerta geral e os supremos já analisam agora como podem aplicar prisões preventivas sob risco de fuga ou outros protocolos para evitar fugas. Não que Bolsonaro tenha intenção de fugir — ele já garantiu que não vai fugir. Mas ele é réu no processo da tentativa de golpe e tem histórico de se proteger na Embaixada da Hungria.
Para os Perdidos: Bolsonaro já culpou Zambelli por ter perdido a eleição depois que ela saiu armada no meio do bairro chique de São Paulo atrás de um cidadão.
Chega, BRASEW. Mas vou aqui meter o louco e convidar vocês a convidarem todo mundo para o zap da Tixa. Uma comunidade quentinha no meio dos seus grupos de Zap.
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